quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Tapiraí precisa de uma APAE

O município de Tapiraí precisa, com urgência, montar uma APAE (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais) para garantir ensino de qualidade e condizente com as necessidades dos alunos com algum tipo de limitação mental.

Para atender a esta necessidade, eu e a planejadora de educação no município, Mari Adélia Rodrigues, participamos de uma reunião, em Pilar do Sul, no último dia 6, com a superintendente da Federação das APAEs no Estado de São Paulo, Luíza Pinto Coelho.

Na palestra, ficou evidente a necessidade de todos os municípios terem suas APAEs para atender com dignidade as crianças excepcionais.

Em Tapiraí, segundo levatamento extra-oficial, existem 74 crianças excepcionais que necessitam de educação diferenciada, sendo que ao menos 25 delas têm estado delicado.

Além de participar da pelestra, já estamos em contato com várias pessoas que estão dispostas a participar da criação da APAE de Tapiraí.

Na segunda quinzena de janeiro vamos promover um debate na cidade para tratar melhor do assunto e envolver a população nessa nova empreitada.

Espero que o Executivo e todo o Legislativo também se empenhem para que tenhamos essa associação em nosso municipio o mais rápido possível.

Surgimento
As APAEs no Brasil começaram a ser montadas no Rio de Janeiro, em 1954. A norte-americana Beatrice Bemis, do corpo diplomático americano no Brasil e mãe de uma criança excepcional, não entendia como o Brasil ainda não tinha criado uma associação com este fim.

Em seu país, na década de 50, já existiam mais de 250 associações para ajudar na educação dos excepcionais.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Fidelidade não tem preço

Nas últimas semanas, as eleições da mesa diretora da Câmara para os próximos dois anos movimentaram os bastidores da política tapiraiense.

Tivesse eu fraqueza de caráter e sede de poder como nortes da minha vida política, teria assumido a presidência da Casa.

Um mensageiro, falando em nome do prefeito, me procurou e me perguntou se eu aceitaria ser o presidente. Para isso bastaria eu isolar os meus colegas de oposição Chicão e Todesco.

O mensageiro ainda fez uma segunda proposta indecorosa: assim que assumisse a presidência, deveria contratá-lo como assessor. Segundo o mensageiro, se eu cumprisse esses pedidos, estaria eleito presidente da Câmara para o biênio 2011/2012 com apoio da bancada de sustentação do Executivo.

Preferi perder a eleição a trair meus colegas. Mesmo sabendo que em política acontece de tudo, eu, particularmente, não vendo minh’alma, nem rasgo meus compromissos, mesmo sendo eles verbais e feitos em pleno palanque de campanha.

Minha preocupação, agora, principalmente com a fenda aberta pelo afastamento do vereador Chicão, que enfraqueceu, em votos, o grupo de oposição, é como será a construção de uma candidatura sólida para as eleições de 2012.

Tapiraí não pode viver a vida inteira elegendo prefeito-pessoa. Líder que só consegue unir parte da população em época de eleição e, depois de eleitos, governa o município sem projeto. Tapiraí precisa eleger um prefeito-projeto.

Ao longo de 2011, os homens de bens e os políticos de visão e de palavra devem se voltar para a construção de um projeto de desenvolvimento sustentável para Tapiraí.

Um projeto que valorize o turismo, a agricultura, a saúde, a geração de emprego e renda, o meio ambiente, a educação, a segurança. Um projeto que envolva as pessoas em prol das pessoas.

Nossa cidade merece uma política mais séria, mais inteligente e mais eficaz que tire o município do atraso e da pobreza que atormenta nossa gente desde sempre.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Chicão trai oposição e abraça Alvino

O bloco de oposição da Câmara de Tapiraí que manteve cinco vereadores do municipio unidos por dois anos - formando a maioria simples da Casa, que tem nove cadeiras - não existe mais.

Na última sexta-feira Teodoro Bento, o Chicão, abandonou um dos seus principais aliados políticos, o vereador Araldo Todesco, para votar com o prefeito Alvino Marzeusk (PSDB).

Com o voto de Chicão, Márcio Manzani, aliado do prefeito, assumiu a presidência da Câmara de Tapiraí por 5 a votos a 4. Manzani venceu Braz, o candidato da oposição.


"Infelizmente a política é assim. Uns pensam em grupo, outros pensam só no umbigo", dz o professor Alcemir.

A traição de Chicão criou um bate-boca na Câmara e deixou Todesco chateado. Ambos estavam juntos politicamente havia anos.

Ainda este ano, Alvino deverá enviar à Câmara proposta de veto a uma emenda parlamentar que restringe o remanajamento de verba do prefeito de 10% para 3% do orçamento do ano que vem.

Chicão, na ocasião, votou com a oposição.

"Vamos ver qual será o comportamento do parlamentar nos próximos dias. Vamos ver se ele começa traindo o prefeito, mantendo a emenda que ele aprovou recentemente, ou se ele vai trair a si próprio".

Câmara aprova Orçamento e restringe manobra do Executivo

A Câmara de Tapiraí aprovou na sessão da última sexta-feira [26] o Orçamento do Município estimado em 20,8 milhões para 2011.

A proposta foi aprovada conforme o Executivo havia enviado ao Legislativo e recebeu apenas uma emenda apresentada pelo professor ALCIMIR CORREA.

A emenda, que recebeu 4 votos contrários, restringe o limite de remanejamento de verbas do prefeito de 10% para 3% do Orçamento. Sem a emenda, o prefeito poderia, em 2011, remanejar até 2 milhões de uma pasta para outra e gastá-lo onde melhor lhe conviesse.

Com a emenda, que deverá ser vetada pelo chefe do Executivo, vai limitar esse remanejamento em no máximo R$ 600 mil.

Também na última sexta, a Câmara rejeitou a proposta do prefeito de destinar, do orçamento do ano que vem, 600 mil para compra de um terreno que serviria para um projeto de criação de renda e a implantação do Lar da Dignidade, uma casa de Idosos.

“Os 300 mil do Lar da Dignidade já estão contemplando na peça orçamentária, não precisa de projeto de lei suplementar com verba adicional. Além disso, o projeto veio casado com a proposta da compra de um terreno, que nós não sabemos onde é e a quem pertence esse lote”, diz ALCEMIR.

Nos próximos dias a tensão política em Tapiraí ainda pode subir em virtude da eleição da presidência da Câmara. “Se o nosso grupo [oposição] mantiver o combinado a eleição deve ser tranqüila. Mas se o acordo for rompido a tensão deve subir, realmente”, analisa ALCEMIR.