
O marido trabalha em Tatuí, mas com o que ganha não consegue manter a família, de dez filhos. Não tive como não me comover com a história e fui até lá para conhecer a realidade e tentar intervir no processo de sofrimento daquela gente.
As assistências sociais dos dois municípios foram informadas do problema e vão acompanhar o caso.
Reflexão
Ao presenciar a vida dura que aquela família atravessa, diversos pensamentos povoaram meu pensamento. Um deles foi questionar a presença do Estado. É nítido que o Estado negligenciou ao deixar aquela gente sem infomação o suficiente para que a família se tornasse tão numerosa, ao ponto de pesar demasiadamente; torna-se um fardo.
Onde estavam os agentes de educação, como eu, os de saúde, como outros, e os evangelizadores, como tantos, que não evitamos esse crescimento familiar?
Outro pensamento reinante foi: antes de tudo, deve-se socorrer. Viver com dignidade é um direito. Uma criança não pode, em hipótese alguma, ser privada do alimento. Não importa quem vai arcar com o custo, mas matar a fome de uma criança e encaminhá-la na vida é obrigação de toda a sociedade, civilizada ou não.
Abraços
ALCEMIR
Tapiraí, 28, sábado, 10h33min.